Está pensando em montar um négócio? Saiba qual a melhor opção de crédito para o seu negócio!
Modalidade de crédito
Ao longo de suas atividades, a empresa recebe dois tipos de investimentos: o investimento fixo, que servirá para a aquisição das máquinas, móveis, prédio, ferramentas, enfim, para investir em itens do ativo imobilizado; e o capital de giro, para sustentar as operações do dia-a-dia da empresa, ficando alocado basicamente nos estoques, nas contas a receber, no caixa e na conta corrente bancária.
Nesta página, você confere as modalidades de crédito que seu negócio acessar.
Entenda qual a melhor modalidade de crédito para você?
Se o empresário vai tomar empréstimo junto a algum agente financeiro, é importante que conheça operações de crédito e seus componentes:
Crédito para investimento fixo
Operações de crédito de longo prazo destinadas a financiar implantação, expansão e modernização empresas, e, ainda, reposição de máquinas, equipamentos, móveis, utensílios e veículos; obras civis e instalações.
Essas operações financiam os ativos imobilizados das empresas: itens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento das atividades da empresa.
Crédito para capital de giro
Operações de crédito são destinadas à manutenção da atividade operacional no dia-a-dia da empresa: caixa, bancos, contas a pagar e a receber, folha de pagamento, estoques e outros compromissos de curto prazo.
Os empréstimos para capital de giro podem ser liberados de duas formas:
- Isoladamente (capital de giro puro) - na maioria das vezes, este tipo de empréstimo não necessita da comprovação de sua destinação
- Associado à investimentos fixo (capital de giro associado) - destinado à compra de insumos e/ou mercadorias
Crédito para investimento misto
Operações que financiam investimento fixo e capital de giro associado.
Vale lembrar que esta modalidade de crédito é bastante utilizada por empreendedores que - ao adquirir um ativo imobilizado - necessitam recursos para a aquisição de matérias-primas, mercadorias, e demais despesas.
O que é capital de giro?
Capital de giro é usado para financiar a continuidade das operações da empresa
Podemos observar, conforme o próprio nome indica, que o capital de giro está relacionado com todas as contas financeiras que giram ou movimentam o dia-a-dia da empresa, como se fosse o sistema circulatório no corpo humano.
Se o capital de giro está relacionado com as contas financeiras que giram ou movimentam o dia-a-dia da empresa, podemos concluir que:
a) Toda empresa que vende a prazo precisa de recursos para financiar seus clientes;
b) Toda empresa que mantém estoque de matéria-prima ou de mercadorias precisa de recursos para financiar estoques;
c) Quando a empresa compra a prazo (matéria-prima ou mercadorias) significa que os fornecedores financiam parte ou a totalidade do estoque;
d) Quando a empresa tem prazos para pagar as despesas (impostos, energia, salários e outros gastos) significa que parte ou a totalidade dessas despesas é financiada pelos fornecedores de serviços;
A interpretação das situações acima nos leva a determinar em quais contas a empresa precisa aplicar recursos e de que contas a empresa obtém recursos para financiar o capital de giro.
Um conceito importante para entendimento do capital de giro está relacionado à Necessidade de Capital de Giro. A Necessidade de Capital de Giro indica o montante de recursos que a empresa precisa para financiar suas operações, ou seja, o valor dos recursos que a empresa precisa para que seus compromissos sejam pagos nos prazos de vencimento.
A Necessidade de Capital de Giro representa a diferença entre o montante de recursos aplicados em capital de giro (I) menos o total dos recursos que a empresa consegue para financiar o capital de giro (II).
APLICAÇÃO EM CAPITAL DE GIRO (I)
- Contas a receber de clientes
- Estoques (matéria-prima, estoque de produtos acabados e estoque de mercadorias)
FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO (II)
- Fornecedores de matéria-prima e de mercadorias
- Impostos a pagar
- Despesas a pagar (energia, salários, telefone, etc.)
Fonte: Como Elaborar Controles Financeiros.
A importância da gestão do capital de giro
A gestão do capital de giro é um dos aspectos mais importantes para a saúde financeira da empresa
Para garantir o capital de giro necessário ao funcionamento da empresa, o empresário ou o gerente financeiro dedica grande parte de seu tempo a administração do caixa (disponibilidades), administração das contas a receber (provenientes das vendas a prazo), gestão financeira dos estoques, administração das obrigações a pagar (fornecedores, impostos, empréstimos, despesas operacionais e outras contas a pagar), além de visitas e negociações com bancos.
Talvez você esteja se perguntando: Minha empresa já tem controles financeiros, tem controle de estoques, e esses controles geram informações para calcular a Necessidade de Capital de Giro. Então, eu não estou fazendo a gestão do capital de giro?
Em parte você tem razão, pois esses controles fornecem informações para a gestão do capital de giro. E, de fato, você está dedicando a maior parte de seu tempo a essa gestão.
Mas todos os dias, as empresas buscam soluções para melhorar a gestão do capital de giro, porque é por meio desse aperfeiçoamento contínuo que elas conseguem aumentar os lucros do negócio, principalmente aquelas empresas que sempre precisam de recursos bancários para equilibrar o caixa.
Outras formas de financiamento
Além das modalidades de financiamento ofertadas por agentes financeiros, existem outros tipos de crédito disponíveis às empresas.
Antecipação de receita
Os recebíveis - Valores que se têm a receber das vendas a prazo - podem ser convertidos em recursos disponíveis à vista ou em garantias de empréstimos.
Conheça algumas formas de antecipar receitas.
Desconto de duplicatas e promissórias - A empresa cede os títulos para o banco e obtém capital de giro para alavancar seus negócios, antecipando os recebimentos de suas vendas a prazo.
Desconto de cheques - Os cheques pré-datados são entregues e descontados antecipadamente pelo banco, que fornece à empresa recursos para cobrir eventuais necessidades de caixa.
Faturas de cartões de crédito - A empresa cede seus créditos futuros para o banco e obtém capital de giro para alavancar seus negócios, colocando as faturas como garantia da operação.
Vendor - A empresa pode obter empréstimo direto do banco para seus compradores e, assim, receber suas vendas à vista. Trata-se de ótima forma de viabilizar vendas e de reduzir a necessidade de capital de giro do negócio.
Compror – Modalidade que permite à empresa comprar à vista de seus fornecedores com redução de custos. O banco deposita o valor da compra na conta do fornecedor e a empresa paga a prazo ao banco.
Cartão de crédito - Pode ser utilizado para aquisição de bens e produtos em estabelecimentos afiliados às redes de cartões, como a Visanet e a Redecard.
Bom exemplo é o Cartão BNDES, voltado para o segmento das micro, pequenas e médias empresas.
Leasing - Opção de médio e longo prazo para aquisição de veículos, máquinas e equipamentos novos ou usados. O empresário adquire um bem, pagando-o em várias prestações acrescidas de juros, com a opção de compra ao final do contrato.
Conta garantida - Linha de crédito rotativo vinculada à conta corrente da empresa. Os recursos são disponibilizados a qualquer momento, por solicitação do cliente. A garantia pode ser constituída com cheques pré-datados, duplicatas ou notas promissórias e pela previsão de faturamento
Linhas de crédito disponíveis
A melhor linha de credito é aquela de fácil acesso, menor custo e dentro das condições desejadas
Os recebíveis da empresa, ou seja, os valores a receber das vendas a prazo, são uma forma de capital de giro. Eles podem se transformar em garantias ou recursos à vista por meio de desconto de duplicatas e promissórias, desconto de cheques e até antecipação de faturas de cartões de crédito.
O capital de giro para empresas em implementação, pode até ocorrer, mas é bem mais difícil. Como a análise de crédito para capital de giro está fortemente ligada à verificação do faturamento e à margem disponível no Limite de Risco de Crédito (LRC) do cliente, o empréstimo, tendencialmente, não é realizado.