LIVRE-SE DAS DÍVIDAS

05/10/2012 09:13

Amigos, lí esta matéria na Você S/A e não poderia deixar de publicar no nosso blog. Acredito que pode te  ajudar no seu planejamento financeiro pessoal.

Se você gostar desta matéria e tiver outras dicas e opniões por favor nos conte.

Tem um teste "como você lida com as dívidas" super legal, segue o link.:  https://vocesa.abril.com.br/testes/financas/Como-voce-lida-com-as-dividas.shtml

 

- Cinco dicas de ouro para lidar com as suas dívidas

Conheça as cinco lições de ouro para lidar com o endividamento e seguir uma vida financeira tranquila e saudável

Chrystiane Silva | Edição por Bárbara Ladeia (redacao.vocesa@abril.com.br)

No mundo ideal, seria prudente ter uma quantia de dinheiro equivalente a seis meses o valor de seus gastos mensais para cobrir eventualidades e não usar o cheque especial. o dinheiro deve ficar aplicado em investimentos que podem ser sacados a qualquer momento, com boa liquidez, como a caderneta de poupança e os Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Dessa forma, não seria necessário usar o limite do cheque especial, que é concedido pelos bancos sem a gente pedir.

O uso do limite especial deve ser usado para contratempos por, no máximo, dois ou três dias. Para períodos maiores, recorra às linhas de financiamento mais baratas, como o crédito consignado, que tem juros de 2% ao mês.

Se você já caiu no cheque especial e a empresa em que trabalha deposita sua remuneração em uma conta-corrente, é preciso conversar com o departamento de recursos humanos para mudar essa situação. Você pode pedir para que seja aberta uma conta-corrente em outro banco na qual sua grana será creditada.

Se está endividado, vá até o banco em que está devendo e peça a renegociação do valor da dívida. "Quando negociar qualquer dívida, nunca aceite a primeira proposta, procure barganhar. Se for oferecido dividir o débito em seis meses, peça 20. Claro que essa proposta não será aceita, mas as parcelas podem ficar em 15 ou 12 meses", diz Emanuel Gonçalves da Silva, criador do SoS Dívidas.

Se você tem sangue frio e não se incomoda em ter seu nome incluído nos cadastros de maus pagadores — no Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) ou no Serasa —, pode esperar até dois anos para renegociar o débito em condições melhores, com prazos maiores e juros mais baixos. É que depois desse período os bancos consideram que você não irá mais pagar a dívida e decidem renegociar para tentar receber pelo menos uma parte do dinheiro. "Ter dívidas não é pecado nem crime, basta ir até o banco e renegociar", diz Rogério Estevão, superintendente executivo de empréstimos do Grupo Santander, em São Paulo. Uma modalidade recente de crédito que está começando no país, mas que já é comum no exterior, e pode ser usada na renegociação de seus débitos é o refinanciamento da dívida. Seu carro e sua casa servem como garantia nos novos empréstimos. Caso você não pague o combinado, o banco pode tomar o seu bem. Nesse modelo, como há uma garantia física, as taxas de juros ficam mais baratas, 1,5% ao mês. O problema é que, se você não pagar perde, seu carro ou sua casa. Vai encarar?

 

 

- Dinheiro - Dívidas | Tire a corda do pescoço

Se você deve mais do que ganha, não se desespere. Agora, já dá pra sair da lama

Adriana Aguilar (redacao.vocesa@abril.com.br)

ACABE COM AS DÍVIDAS
O educador financeiro Reinaldo Domingos dá dicas para você negociar suas contas

Se suas dívidas são maiores do que seu salário, não fique aflito. Você é um dos muitos brasileiros superendividados que agora podem contar com a ajuda do serviço público para tirar o pé da lama. É considerado superendividado quem deve mais do que a soma do próprio patrimônio. Cinco estados mantêm serviços especializados para assessorar os brasileiros que se entusiasmaram com o crédito fácil e os juros baixos e foram surpreendidos por imprevistos como perda do emprego, separação conjugal ou doença na família.

O Rio de Janeiro foi pioneiro ao criar a Comissão Especial de Proteção e Defesa do Consumidor Superendividado há seis anos. No ano seguinte, foi a vez de o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul iniciar o projeto Tratamento das Situações de Superendividamento do Consumidor. A partir de 2010, as iniciativas se espalharam pelo país. Em maio do ano passado, o Tribunal de Justiça do Paraná iniciou o mesmo projeto. E, em 2011, São Paulo e Pernambuco também partiram para a assistência a quem não consegue pagar as dívidas aos credores.

O funcionário público carioca Vítor Hugo Barbosa Vieira, de 38 anos, é um superendividado. Com 15 empréstimos consignados contratados desde 2006, ele passou a sobreviver com o que restava do salário de 2 000 reais no mês: 300 reais. “Saí do controle quando perdi o segundo emprego e minha mulher deixou de trabalhar quando meu filho nasceu”, diz. Hoje, ele deve 28 000 reais e os juros ficam em 3% ao mês. Afogado pelas dívidas, em outubro do ano passado Vítor procurou o Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), no Rio de Janeiro.

No mês seguinte, participou da primeira audiência de conciliação com os credores. Ele fechou um acordo com seu principal credor, a quem devia 12 000 reais entre faturas atrasadas de cartão de crédito e empréstimos bancários. Na audiência conciliatória, o valor caiu para 7 200 reais, divididos em 36 parcelas mensais de 200 reais. Vítor tem o perfil básico do superendividado: são pessoas que obtêm crédito fácil e, sem uma reserva de emergência, não conseguem pagar a dívida quando surge uma eventualidade.

Dos 300 superendividados inscritos no projeto piloto de São Paulo, metade tem até 40 anos, pertence às classes A e B e está trabalhando. “As pessoas não pagam porque não sabem se planejar e não sabem o que são juros compostos”, diz Vera Lúcia Remedi Pereira, do Procon-SP. Além disso, são poucos os meios para renegociação de dívidas. Na França, há regras que permitem a recuperação do devedor por meio do reescalonamento de pagamentos e diminuição dos juros.

No Brasil, as ações são tímidas, o caminho é procurar o serviço gratuito prestado pelos defensores públicos, juízes dos tribunais de Justiça e Procons. A renegociação da dívida é feita em audiências coletivas e os prazos de pagamento variam entre 24 e 36 meses. O acordo é homologado por um juiz e vale como sentença, que, se não for cumprida, é executada pelo credor. As emoções têm influência poderosa nas finanças (veja quadro O Que Não Fazer). De cada dez superendividados, pelo menos um pode ter distúrbio emocional.

“Sem tratamento médico, não dá para ficar longe das dívidas”, afirma a psicóloga Tatiana Filomensky, do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso (Amiti), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

O que não fazer
Conheça os comportamentos que devem ser evitados quando for negociar com os credores

Emoção à flor da pele
As emoções devem ficar de fora da mesa de negociação ao falar com os credores.Coloque sua situação financeira numa planilha. Se preciso, peça a ajuda de um especialista. Pode ser o gerente de seu banco. Discuta com ele eventuais saídas para seu caso. Tendo isso em mãos, a negociação ficará mais fácil.

Cuidado com a ancoragem
Quando uma das partes (credor ou devedor) menciona uma quantia, ela passa a ser um ponto de referência, que vai nortear toda a negociação. Tenha em mente que o valor não é definitivo.

Não seja otimista
O otimista acredita demais em si mesmo. Para ele, força de vontade e trabalho são suficientes para o pagamento das parcelas negociadas. É preciso considerar os imprevistos.

Olho nos detalhes
O superendividado pode fechar um acordo sem considerar todos os detalhes e depois não conseguir pagá-lo. Evite negociar às pressas.

Calculadora mental
As pessoas se lembram apenas dos valores que entram na conta bancária (remuneração e 13o salário, por exemplo) e se esquecem das despesas do orçamento doméstico (tarifa do ônibus, impostos, aluguel, supermercado, farmácia). É preciso contabilizar tudo.

 

10 Sinais para saber se você é um consumidor compulsivo

1 - Fica preocupado excessivamente em ter coisas novas
2 - Realiza compras para fugir dos problemas
3 - Compra itens desnecessários com frequência
4 - Fica inquieto, irritado e ansioso quando não adquire algo
5 - Se sente culpado após a compra
6 - Faz compras sozinho para evitar críticas
7 - Esconde os produtos adquiridos
8 - Omite o preço real dos produtos para quem pergunta
9 - Relações familiares, profissionais e sociais são prejudicadas pelo hábito de comprar
10 - As dívidas aumentam

 

Ajuda na rede
Endereços eletrônicos de locais onde o consumidor pode encontrar programas para superendividados
São Paulo www.procon.sp.gov.br/ www.procon.sp.gov.br/noticia. asp?id=1784
Rio de janeiro www.portaldpge.rj.gov.br
Rio Grande do Sul www.ufrgs.br/ocsc
Paraná portal.tjpr.jus.br/web/je/ superendividamento
Pernambuco www.tjpe.jus.br

 

- Renegocie sua dívida pela internet

Serasa lança serviço online que permite a inadimplente conhecer condições do credor e até imprimir boleto

Por Julia Wiltgen , de EXAME.com (redacao.vocesa@abril.com.br)

 

Crédito: Thinkstock

A partir desta segunda-feira, inadimplentes poderão renegociar suas dívidas e "limpar o nome" pela internet gratuitamente. O serviço "Limpa Nome", oferecido pela consultoria de crédito Serasa Experian, colocará o devedor em contato com a empresa credora, que poderá oferecer descontos na dívida, condições de pagamento diferenciadas e até emitir boleto de pagamento, tudo no ambiente online.

Os consumidores inadimplentes que tiverem a possibilidade de resolver suas pendências via internet receberão uma carta com um aviso de negativação, contendo uma senha. Com essa senha e o número do CPF, o devedor poderá entrar no site da Serasa Experian, na sessão dedicada aos consumidores, e poderá acessar sua dívida e as condições oferecidas pela empresa credora para a renegociação.